segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ford New Fiesta 2014



A 
Ford apresentou em Foz do Iguaçu, o New Fiesta 2014, que chegará às lojas por volta de maio. O ex-mexicano e agora brasileiro New Fiesta não só estreia sua primeira reestilização, como também ganha novo motor, câmbio automatizado de dupla embreagem e, o mais ambicioso para sua condição de carro premium, invade o nunca antes frequentado segmento inferior de hatches compactos. A primeira mexida no New Fiesta (que agora produzido em São Bernardo do Campo, SP) colocou o modelo em sintonia com a segunda geração da linguagem de estilo Kinetic cujo principal representante no Brasil atualmente é o Focus. A fundamental característica da nova filosofia de design é a avantajada grade, preenchida por frisos horizontais cromados – que desde o novo Fusion já não é mais inédita para o público brasileiro. Ser escancaradamente inspirada nos modelos da aristocrática Aston Martin chega a ser curioso, já que desde 2007 a Ford não é mais dona da marca inglesa.

Exceto por este item que tem sua ousadia, as outras alterações partiram para o conservadorismo: faróis de neblina convencionais expulsaram dos para-choques os estilosos filetes de LEDs, enquanto as rodas de caráter mais esportivo da antiga versão topo de linha deram lugar a um conjunto mais previsível. A traseira segue praticamente inalterada.

De qualquer forma, o New Fiesta continua um carro atraente esteticamente, isso prova que o modelo anterior, com menos de dois anos de vida no mercado brasileiro, ainda sobreviveria alguns anos sem recorrer a plásticas.

Internamente, as mudanças se equilibram ora a favor, ora contra o New Fiesta: o painel adotou uma iluminação azulada de bom gosto, mas segue amontoando as informações no display central; a parte superior do painel não é mais emborrachada, e sim de plástico rígido; o volante mantém a mesma boa pegada, mas agora bajulando o motorista também com controles do cruise control; e os bancos ganharam novos contornos, acomodando melhor os ocupantes. Além da parte superior do painel não ser mais emborrachada, os principais pontos negativos são a perda do para-brisa com isolamento acústico e a vergonhosa forração do teto, que dá a impressão de, internamente, ser de papelão.
No geral, a cabine oferece bom espaço e um acabamento que, se não esbanja luxo, ao menos é correto nas partes onde os ocupantes têm contato. Destaque para a posição de guiar, que continua irretocável.

Assumir o “bocão” da Aston Martin é um mero detalhe, talvez sirva pra simbolizar o novo nicho que quer (e pode) abocanhar. Isso porque o hatch da Ford é o único a trazer uma transmissão automatizada de dupla embreagem, recurso já consagrado como provedor de economia, conforto e precisão.

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